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Mostrando postagens de dezembro, 2018

DEVANEIOS

DEVANEIOS Lá estava ela, serena e feliz, andando por entre as flores que exalavam sons saborosos, seus dedos sem querer entraram em contato com uma pétala, e ela saiu, saiu voando em torno do vilarejo que rodopiava a seu ver, ficava mais tonta a cada segundo. O medo estava contido em cada batimento cardíaco que ocorria, seus olhos lacrimejavam de alegria e medo. Treze anos se passaram, continuava a segurar, estava mais alta do chão, olhava e contemplava tudo aquilo, a terra parecia um bolinha de gude, seus pés já estavam congelados. Sua mão estava quente, estava mais próxima do sol. Seu sorriso refletia aquela luz, mas suas lágrimas absorviam tudo, eram transparentes, mas estavam funcionando como um buraco negro, nada escapava das lágrimas que escorriam. Um livro estava vindo, ela precisava soltar a flor, precisava soltar o mais rápido possível para se jogar em cima do livro, ele passou e ela não teve coragem, e mais anos passaram. Ela estava em algum lugar, não sabia onde es

O tempo claro da escuridão

O tempo claro da escuridão   O quarto começa a se encher, as nuvens começam a cair Os pensamentos correm na folha, as águas querem sair As cores caminham e pulam, a raiz fura o chão tristemente Lágrimas caem de dor, a dor imensa ele sente Eles gritaram, chamaram, não vieram! A pele dói, a água escorre pelas mãos que ti deram! A água transformada em sangue O chão caído, o relógio parado É agora, o estar, o presente, tudo emaranhado Mesmo nada existindo, tudo fica parada Uma ilusão perfeita que fingimos acreditar É uma passo parado que todo dia temos que dar!