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DEVANEIOS

DEVANEIOS Lá estava ela, serena e feliz, andando por entre as flores que exalavam sons saborosos, seus dedos sem querer entraram em contato com uma pétala, e ela saiu, saiu voando em torno do vilarejo que rodopiava a seu ver, ficava mais tonta a cada segundo. O medo estava contido em cada batimento cardíaco que ocorria, seus olhos lacrimejavam de alegria e medo. Treze anos se passaram, continuava a segurar, estava mais alta do chão, olhava e contemplava tudo aquilo, a terra parecia um bolinha de gude, seus pés já estavam congelados. Sua mão estava quente, estava mais próxima do sol. Seu sorriso refletia aquela luz, mas suas lágrimas absorviam tudo, eram transparentes, mas estavam funcionando como um buraco negro, nada escapava das lágrimas que escorriam. Um livro estava vindo, ela precisava soltar a flor, precisava soltar o mais rápido possível para se jogar em cima do livro, ele passou e ela não teve coragem, e mais anos passaram. Ela estava em algum lugar, não sabia onde es

O tempo claro da escuridão

O tempo claro da escuridão   O quarto começa a se encher, as nuvens começam a cair Os pensamentos correm na folha, as águas querem sair As cores caminham e pulam, a raiz fura o chão tristemente Lágrimas caem de dor, a dor imensa ele sente Eles gritaram, chamaram, não vieram! A pele dói, a água escorre pelas mãos que ti deram! A água transformada em sangue O chão caído, o relógio parado É agora, o estar, o presente, tudo emaranhado Mesmo nada existindo, tudo fica parada Uma ilusão perfeita que fingimos acreditar É uma passo parado que todo dia temos que dar!

Sou Gamela

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Sou gamela, sou guerreiro, sou batalhador e acima de tudo sou maranhense, quero minhas terras de volta, área que foi usurpada por esses fazendeiros, merecem chifre para o resto da vida. Quero essa terras! Quero essas terras de volta repito reincidentemente. Pistoleiros vagabundos em terra sem lei, vão procurar o que fazer, vão estudar pro ENEM pelo amor de Jeová! Nos deixe em paz, não podemos viver tranquilamente em nossas  terras? Não podemos gozar de nossos direitos? Direitos protegidos pela lei, defendidos pela justiça? E vocês ainda vem nos importunar! Não aceito, Aceito não!  Povo sem dó, povo sem coração! Se tem algo pulsante no peito Certeza, não é coração! Coração de pedra, Pedra no lugar do coração! Sou gamela, Gamela é Sou, Sangue de Acroá, Sangue de Gueguê. Sou de um povo forte, de um povo forte eu sou! Essa é minha terra, Minha terra! Vocês sabem disso! É algo que vocês roubaram de nós! Dei a papelada para  doutora (FUNAI), a doutora muito demo

Luto no morro do Salgueiro

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Ela dança no meio da rua alegremente, com um sorriso enorme estampado no rosto, nem parece que ele se foi. Por que está dançando? Perguntam. Não está triste? -Não estou triste, um pedaço do samba se foi, mas ele continua aqui! -Que conversa é essa menina? -Ele se foi! Mas não foi! -Não ti entendo menina! Vou dormir. A menina continua dançando no meio da rua, faz várias voltas relembrado o que ele fizera o que ele inovou na música brasileira, olha para as estrelas no céu e começa a cantarolar. -Dona Celestina me da água pra beber Se você não me der água vou falar mal de você Deu meia noite, o galo já cantou Na igreja bate o sino é na dança do jogo que eu vou. Canta alegremente, Ô coisinha tão bonitinha do pai, ô coisinha tão bonitinha do pai... E em meio ao mar de lágrimas que se formam à sua frente sorrisos provocados por lembranças são espalhados, alegria de relembrar, tristeza de se despedir, despedida horrível, como pode, é triste mais a vida é assi

GOVERNO TOME, TOMANDO TUDO

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Maria acorda cedo, o seu rosto vai lavar. Acende logo o fogo, e um café vai passar. Vai fazendo a merenda, para ir trabalhar Lá nas terras do seu zé, perto do seu Gilmar O seu zé é homem bom, você pode acreditar Ele é homem direito, trata todos com respeito Por isso vou lhe falar. Reside em Nova Russas, no estado do Ceará Sempre morou na roça, para a terra cultivar Tirando o seu sustento, enfrentando sol e vento Para os seus filhos criar. O José que estou falando, viveu muito no sertão Trabalhou de sol a sol, com muita disposição Mais o inverno era fraco, não era grande a produção Era uma safra fraquinha, só dava mie pras galinhas Não produzia feijão. Ele ficou desanimado, daquele grande sertão Ajeitou sua bagagem, se preparou pra viagem Pro oeste do Maranhão. Arrumou um Pau de arara, embarcou sua condução As quatro da madrugada, viajou pro Maranhão Levando sua esposa Maria, o Carlinho e o João. Quando chegaram nas terras, do Estado do

Menina dos olhos de mel

Menina dos olhos de mel Menina dos olhos de mel, Venha pra perto de mim! Contigo estou no céu, Meu precioso marfim! Não esqueço seu beijo, vem matar o meu desejo! Quero você pra mim! Menina dos olhos de mel, Minha flor de maracujá! Sabes que tú és mi’amada? Só em ti sei delirar! Não esqueço seu calor Sim és tú o meu amor! Só em ti venho a pensar! Menina dos olhos de mel Precioso diamante! Joia rara um tesouro Joia rara mais brilhante! Seu sorriso, paraíso! Eu Te quero a todo instante! Menina dos olhos de mel Seu sorriso me fascina! Seu beijo delirante, Dia e noite me alucina! Você é minha razão dona do meu coração! Minha pura adrenalina! Menina dos olhos de mel Não sou eu hesitante! Tenho convicção do meu amor incessante! Por ti estrela d’alva precioso diamante! Meu coração, minha paixão! Meu amor flamejante! Menina dos olhos de mel Pura neve meu amor! É a nuvem do meu céu, Do inverno meu calor! Já não consigo esconder, O que tua falta me faz! Uma dor no coração, Você é m

Loucura Premente

Loucura premente Transbordar de alegria, Ao raiar do dia! Descansar nas suas curvas, Na linda luz da magia Só seu beijo me satisfaz! Você é o meu delírio, Meu descanso, minha paz! Seu Calor! Seu Amor! Seu Abraço! Seu Amaço! O Rubor! Timidez, Mais uma vez! Não consigo, Ser amigo! Pois te amo! Te quero! Te chamo! Te quero eternamente! Você é a chama, Que chama meu coração! Você é minha paixão! Loucura Premente! Te Amo! Te adoro! Mais que apenas urgente! Louco por ti! Literalmente! Autor: Napoleão Junior